7 Motivos para conhecer a Ilha do Marajó – PA

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O Pará é cercado de belezas naturais, onde matas, mangues e igarapés parecem que foram desenhados e esculpidos em todos os detalhes pelos rios que cortam o Estado. Dentre os vários locais belíssimos para se conhecer, a Ilha do Marajó ganha destaque por ser um ponto preservado da exuberante floresta amazônica.

Abrangendo 40 mil quilômetros quadrados – aproximadamente o tamanho do estado do Rio de Janeiro – a Ilha do Marajó é a maior ilha em extensão do Brasil e também a maior em extensão entre as ilhas fluviomarinhas (banhadas por águas do mar e de rios) do mundo! Apesar de carregar o nome de ilha, ela é um imenso arquipélago, abrigando outras 2.500 pequenas ilhotas que são banhadas pelo Oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Tocantins.

Conhecer a Ilha de Marajó é uma experiência incrível para quem viaja sozinho, com a família, ou em grupos maiores, pois há atrações para todos os estilos e gostos.

Para chegar lá é preciso, primeiro, ir a Belém, a capital do Estado, e pegar um barco ou uma balsas que segue para Soure, a cidade-capital da Ilha do Marajó. O trajeto dura cerca de 3 horas e a viagem já revela um pouco de toda beleza e atrações que você encontrará no destino.

Se ainda não está convencido de que precisa visitar a Ilha do Marajó, conheça seis motivos que vão fazer você querer arrumar as malas hoje mesmo.

1 – Aqui é o único lugar onde você encontrará búfalos por toda a cidade

De uma forma geral, você encontrará muitos animais por todo o arquipélago, mas os búfalos dão um toque mais que especial da paisagem. Talvez não se encontre desses animais em nenhuma outra parte do mundo vivendo em cidades como há aqui. Você encontrará búfalos por todos os cantinhos da Ilha do Marajó, como se fossem grandes animais de estimação.

Para quem tem medo, pode ficar tranquilo. Não há com o que se preocupar. Os animais são bem mansos e não têm comportamento agressivo, a não ser que sejam instigados a isso, como acontece com qualquer espécie. Em frente ao quartel da cidade é onde está a maior concentração e o local onde os animais são reunidos a noite.

Há também passeios de búfalo pela cidade e pelas praias. Claro que tais atrativos são cobrados, mas vale muito a pena! Não saia da Ilha do Marajó sem a experiência de pelo menos ter tirado uma foto com esses imensos, mas dóceis animais.

2 – A culinária é completamente diferenciada

A culinária de todo o Pará é diferente, mas aqui ganha um gostinho maior. Como você já percebeu, há um número grande de búfalos pela cidade, fazendo com que o consumo de alimentos desta origem também seja maior. O leite de búfalo, por exemplo, é mais consumido que o leite de vaca. O queijo desse animal também, assim como a sua carne. Experimente o famoso Filé Marajoara, que é servido com mussarela de búfala derretida ou o Frito do Vaqueiro, que leva a carne da costela do animal acompanhado de pirão de leite. Para sobremesa? Doce de leite e iogurte de leite de búfalo, claro! Ou, se preferir, pode provar os saborosos e diferentes sorvetes com frutos típicos da região, como o buriti e o taperebá. Você passará dias saboreando pratos diferentes e que em outras partes do Brasil poderiam ser considerados exóticos!

Mas, não é apenas da “gastronomia bufalina” que vive a Ilha do Marajó. Muitos frutos do mar são encontrados pela região e pratos saborosos preparados a partir deles. Aqui você poderá experimentar o famoso “camarão sossego”, uma espécie bem menor de camarão e com partes mais carnudas, muito utilizado no preparo de tortas e saladas, e também as tradicionais peixadas.

E ainda tem o famoso caldo de turu. Aliás, você pode também comê-lo vivo! Para quem não conhece, o turu é um molusco que vive dentro de raízes das vegetações dos manguezais da Ilha do Marajó. Eles são coletados, tira-se a cabeça e faz-se um caldo, ou come-se “in natura”. Por toda a região você encontra turu com facilidade. O animal é semelhante à uma minhoca grande e quem experimenta diz que é gostoso. Vai arriscar?

3 – Você poderá visitar manguezais incríveis e fazer trilha por eles

Para viajantes que gostam de se aventurar em meio a matas e florestas, aqui também tem opção. Dá para fazer uma trilha bem diferente pelos manguezais e conhecer toda a estrutura desse tipo de bioma. É um passeio destinado, principalmente, para aquelas pessoas que gostam de aventuras e desafios na natureza, que não têm problemas em andar em meio a lamaçais, ultrapassar obstáculos e vivenciar uma caminhada na mata de verdade.

Você precisará de botas de cano alto e um guia! É aconselhável ir acompanhado, mesmo que você tenha conhecimento em trilhas, pois os mangues são bem diferentes da terra firme. Em vários pontos da Ilha do Marajó, inclusive próximo às praias, você encontra guias que alugam botas e utensílios básicos e orientam os turistas no passeio. Vale a pena o investimento!

Uma dica: saia sempre cedo para voltar antes do anoitecer! Os manguezais da Ilha do Marajó ficam em áreas bem desertas e complexas para se caminhar à noite.

Você está conferindo os motivos para incluir a Ilha do Marajó na sua lista de viagens. Se está gostando das dicas, compartilhe no seu Facebook, ou tuíte, e convide os amigos!

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4 – Apreciar as belas praias da ilha

A Ilha do Marajó, como já dissemos, é banhada pelo Oceano Atlântico e também pelos rios Tocantins e Amazonas, fazendo com que as praias tenham características únicas e variações drásticas e rápidas das marés. As águas podem ficar mais salgadas ou mais doces, dependendo do dia. No geral, as praias têm larga faixa de areia clara e as águas tranquilas. Na maré baixa há formação de deliciosas piscinas naturais e algumas delas são excelentes para um banho relaxante.

As praias do Pesqueiro, Barra Velha, Joanes e Grande de Salvaterra são as mais famosas. A primeira está localizada na parte mais central de Soure, próximo de onde chegam as embarcações vindas de Belém. A Praia do Pesqueiro tem boa infraestrutura turística e é a mais movimentada da Ilha, com barracas, quiosques e vendedores ambulantes. Já Barra Velha é praia de mangue, não muito boa para tomar aquele banho, mas brincar na água é válido, bem como petiscar um camarãozinho da região.

A Praia de Joanes fica na vila de mesmo nome, na cidade de Salvaterra, e abriga as belas ruínas da Igreja Nossa Senhora do Rosário. No final da praia há falésias com uma vista linda da região. A Praia de Joanes fica a 20 km da Praia de Grande de Salvaterra, a última da nossa lista. Caminhar ou andar de bicicleta pela orla de Salvaterra é ótimo programa, bem como brincar com as crianças nas águas rasas, calmas e mornas. Para relaxar ao final do dia, aprecie a linda revoada dos guarás – ave típica de penas vermelhas da Ilha do Marajó.

5 – Observar um dos Pores do Sol mais lindos do País

Que o Brasil é cheio de cantinhos especiais para aproveitar o pôr do sol nós já sabemos e comentamos em outro post com dicas bem especiais. Mas, aqui na Ilha do Marajó você encontrará mais que um espetáculo do astro-rei! O final da tarde na Primeira Rua de Soure, por exemplo, é de se apaixonar, bem como nas orlas das praias! Como não há grande infraestrutura e a região é cercada de águas, o cenário fica digno de ilha paradisíaca!

Aproveite o pôr do sol também no interior da ilha antes de sair para o passeio de focagem de jacaré, que acontece à noite nas Fazendas da região. Passeio imperdível para os amantes da natureza. Não deixe de conferir!

6 – Conhecer as ruínas jesuítas de Joanes

A pequena comunidade de Joanes guarda um patrimônio incrível para a história marajoara. Sabemos que os padres jesuítas foram uns dos primeiros estrangeiros que habitaram o Brasil, vindo com a missão de catequizar os índios e favorecer a colonização portuguesa. Desde 1500 eles se instalaram em diversos pontos do país e, aqui na Ilha de Marajó, chegaram por volta do século 17.

Hoje, a comunidade onde esses padres viviam, assim como a sua igreja, ainda sobrevivem em meio aos campos de Joanes. Com o passar dos anos, as ruínas tornaram-se atrativos para quem visita a ilha e queira conhecer um pouco da história do lugar. Parada obrigatória para turistas que fazem tours pelo arquipélago.

7 – A rica cultura e o artesanato marajoara

A cultura da Ilha do Marajó é extramente rica, herança dos índios marajoaras e dos africanos, o artesanato local já ganhou o mundo por sua beleza e tipicidade. São peças de cerâmica desenhadas e estilizadas de uma maneira especial, com destaque para vasos e jarros decorativos. Os trabalhos podem ser conferidos em detalhes no Museu do Marajó, localizado em Cachoeira do Arari, uma pequena cidade no coração da ilha.

Outra manifestação artística única é a dança. O carimbó e o lundu são autênticos da região e os passos alegres e rápidos são repetidos pelos bailarinos em apresentações lindas, que você pode conferir em festas regionais, em alguns restaurantes e durante o passeio em embarcações pelos igarapés.

Quando ir

A Ilha do Marajó tem temperaturas altas o ano inteiro e chuvas fortes sazonais. Portanto, para curtir bem toda a ilha prefira os meses de junho a agosto, quando a água baixou e é possível circular com maior facilidade por toda a região. O mês de julho é o mais concorrido pelos turistas, sendo assim, é aconselhável fazer reservas antecipadas de hotéis e pousadas para o período. De janeiro a junho chove praticamente todos os dias, alagando as florestas e os campos e impedindo a saída de várias travessias e passeios. De agosto a dezembro as chuvas cessam, mas os termômetros batem facilmente os 40°C!

Esses foram apenas alguns poucos, mas convincentes motivos para você visitar a Ilha do Marajó. E então, gostou do destino como sendo o das suas próximas férias? Nos vemos lá! Esquecemos de algo? Deixe seu comentário!

Por Guia Viagens Brasil Texto: Thaisy Sluszz Fotos:  Ricardo Junior 16 de fevereiro de 2016


 

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