Guia Completo das CIDADES HISTÓRICAS DE MINAS GERAIS

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Entre as inúmeras razões que definem as escolhas de todos os tipos de turista, as viagens em busca de história e cultura sempre estiveram no topo da lista. É natural do ser humano gostar de mergulhar no passado e imaginar como era a vida não só em outra cidade ou país, mas também em outro século. E é o que faz do interior de Minas Gerais um prato cheio para qualquer um que se atraia por isso.

O Ciclo do Ouro tornou a região uma das mais importantes – se não a principal – de todo o Brasil, de maneira mais intensa na primeira metade do século 18. Com esse passado glamouroso e muitos vestígios da riqueza e da vida naquela época, é normal que tais lugares figurem entre os mais visitados no turismo nacional. Afinal, oferecem uma verdadeira inserção nos tempos coloniais.

E para você não ficar para trás enquanto planeja sua aventura rumo ao passado pelas cidades históricas de Minas Gerais, vamos te ajudar a saber tudo que precisa sobre os principais destinos da região. Para facilitar, traçamos um roteiro que começa em Belo Horizonte, por ser a capital e receber voos constantes de todos os cantos. A partir dali, descemos pelo interior do estado seguindo a rota do antigo Caminho do Ouro até a parada final em São João Del Rei. Vamos lá?

Sabará

A primeira parada é Sabará, que fica na Grande Belo Horizonte a apenas 20 km do centro da capital. Como muitas das cidades no interior de Minas, foi fundada por bandeirantes que chegaram lá com o intuito de desbravar a região em busca de ouro. E, como já era de se esperar, o grande atrativo do pequeno município de 135 mil habitantes é a sua arquitetura barroca remetente ao Brasil Colônia.

Por ser tão perto de BH, é muito comum que os turistas visitem Sabará baseados na capital, em bate e volta no mesmo dia. E não é de se espantar que os principais pontos turísticos da cidade sejam suas igrejas barrocas. E todas as fases da arte daquele período colonial – barroco português, joanino e rococó – podem ser encontrados nas construções locais.

Centro Históricos com as casas colonias em Sabará, MG.
Foto: Ricardo Junior.

A principal igreja, e mais antiga, fundada em 1710, é a Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Ela reúne as três fases do barroco em si, ainda com traços orientais na Capela do Santíssimo. A imagem detalhada do Cristo da Coluna é outro objeto que chama atenção, assim como a pia batismal criada por Aleijadinho. Sete anos depois foi inaugurada a Igreja de Nossa Senhora do Ó, com arcos e colunas (e outros elementos) riquíssimos no interior. Cabeças de dragão enfeitam o local graças à influência de Macau, então colônia portuguesa, nos artistas da época. A curiosidade fica pela ilustração da circuncisão do Menino Jesus, um ritual judaico pintado em um templo católico.

Confira imagens em 360 graus de Sabará!

Para completar, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo é repleta de obras de Aleijadinho. E as ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos escondem uma capela inacabada com o fim da escravidão (fotos abaixo).

Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Sabará, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Sabará, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Outro ponto turístico que atrai muita gente é o Museu do Ouro. Situado em um casarão datado de 1730, costumava funcionar como Casa de Intendência e Fundição da cidade. Por lá estão centenas de itens da época e muitas amostras da mineração local – imperdível para entender como era a vida no século 18. Completando o passeio em Sabará, andando pelas ruas é possível ver o Teatro Municipal, inúmeros casarões coloniais e chafarizes tricentenários repletos de história.

Chafariz do Rosário, centenária construção em Sabará, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Santa Bárbara

O próximo destino mergulhando no Ciclo do Ouro é Santa Bárbara. Distante 70 km de Sabará rumo ao leste, é ainda menor com seus 30 mil moradores. Com um ambiente ainda mais bucólico, é difícil encontrar mais clima de interior mineiro do que lá. Assim como sua vizinha, foi fundada no começo dos anos 1700 com arraial e, aos poucos, foi ganhando importância como rota de expedições mineradoras.

O ar bucólico de Santa Bárbara, em MG.
Foto: Ricardo Junior.

O grande cartão-postal do município é a Igreja Matriz de Santo Antônio, uma verdadeira preciosidade da arquitetura barroca mineira. Dentro, o grande destaque fica por conta da arte de Mestre Athayde – principalmente a pintura do teto da nave representando a Assunção da Virgem Maria. A visita guiada é imperdível, e ainda contempla alguns púlpitos que foram feitos por Aleijadinho, segundo a lenda.

Igreja Matriz de Santo Antônio, a riqueza histórica de Santa Bárbara, em MG.
Foto: Ricardo Junior.

Para os mais aventureiros, os arredores de Santa Bárbara reúnem muitas belezas naturais. O Santuário do Caraça é um parque nacional antigo e a sua sede ainda apresenta construções de seus primórdios no século 18. Dentro da mata existem trilhas, cachoeiras, piscinas naturais, grutas e até mesmo o Pico do Sol, que supera os 2.000 metros de altitude.

Um dos passeios mais populares por lá é o que leva até a Cascatona, sequência de quedas de 80 metros de altura que terminam em um poço perfeito para mergulhar. Ainda possível subir até o Caraça para ver a Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens e os lobos-guarás que buscam comida com os padres.

Mariana

Agora descendo, 65 km ao sul fica Mariana, uma das cidades mais famosas da região. Fundada em 1696, foi a primeira cidade e capital de Minas Gerais, mas hoje conta com menos de 60 mil habitantes e vive basicamente do turismo e (ainda) da mineração nos arredores. Por ser coladinha a Ouro Preto, que é o local de mais importância na região, recebe muitos visitantes que chegam de lá e apenas passam o dia. O meio de transporte de uma até a outra é a famosa Maria Fumaça. Mas, definitivamente, merece um pouquinho mais do seu tempo.

Confira um roteiro de 3 Dias Perfeitos em Ouro Preto e Mariana!

Estação de Trem para o passeio entre Ouro Preto e Mariana. Essa estação é a de Ouro Preto.
Foto: Ricardo Junior.

A ambientação ainda é praticamente toda colonial, com arquitetura da época e muita coisa que remete ao barroco em suas ruas. A maior joia histórica pode ser considerada a Catedral Basílica da Sé, luxuosíssima na sua inauguração em 1760. Ela possui até hoje lustres de cristal e um órgão trazidos da Alemanha na ocasião. O instrumento ainda funciona e protagoniza eventos – sempre muito procurados por turistas – nas manhãs de sexta e domingo.

Catedral Basílica da Sé, em Mariana, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Aliás, o centro histórico inteiro de Mariana merece a visita. Lá perto está o Museu de Arte Sacra, que funciona em um casarão colonial e tem no acervo obras de Aleijadinho e de Mestre Athayde – além de esculturas e objetos de ouro e prata daquela época. A Basílica de São Pedro dos Clérigos tem arquitetura de influência italiana e uma incrível vista panorâmica da torre. Já a Casa de Alphonsus de Guimaraens hoje é um museu com móveis, objetos e arquivo pessoal do poeta.

Basílica de São Pedro dos Clérigos, em Mariana, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Já a Praça Minas Gerais reúnes três importantes pontos turísticos marianenses. A Igreja de São Francisco de Assis é muito visitada por conter a sepultura onde foi enterrado Mestre Athayde. A Igreja de Nossa Senhora do Carmo quase foi destruído por um incêndio em 1999, mas algumas obras antigas foram salvas e o altar principal, feito no barroco rococó, também foi preservado. E a Casa de Câmara e Cadeia é onde atuam os vereadores da cidade, mas já foi senzala, fundição de ouro e sede do Governo do Estado.

Veja Mariana em 360 graus!

Praça Minas Gerais com a Igreja de São Francisco de Assis à esquerda e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo à direita, em Mariana.
Foto: Ricardo Junior.

Antiga Casa da Câmara e Cadeia em Mariana, hoje parte museu e parte órgão municipal ainda em funcionamento.
Foto: Ricardo Junior.

Para fechar a passagem pela belíssima Mariana, não deixe de conhecer a Mina de Ouro da Passagem. Em uma verdadeira viagem no tempo, o turista se aventura por uma das maiores minas do mundo por 315 metros de trilha, e descendo até 120 metros de profundidade. Os enormes salões e túneis são completados por lagos. Um guia monitora o trajeto e conta a incrível história do local, que extraiu mais de 35 toneladas de ouro em 250 anos de funcionamento.

Mina da Passagem entre Ouro Preto e Mariana, uma das maiores minas de ouro do mundo, com lagoa interna formada pelo lençol freático. É possível mergulhar nas águas da lagoa.
Foto: Ricardo Junior.

Ouro Preto

O caminho de Mariana até a vizinha Ouro Preto pode ser feito pela charmosa Maria Fumaça. A antiga locomotiva data de 1949 e é quase toda feita de madeira, relembrando o começo do século 20. Através de montanhas e da incrível paisagem do interior de Minas, chega-se em menos de uma hora até o destino. O passeio funciona em finais de semana e feriados nos dois sentidos.

Vista do mirante de Ouro Preto, em Minas Gerais. Cenários assim você curtirá no passeio de trem até Mariana.
Foto: Ricardo Junior.

Ouro Preto é a verdadeira “capital” do Ciclo do Ouro, cidade mais importante da região por muito tempo – desde quando se chamava Vila Rica – e até hoje alvo do desejo de turistas do mundo inteiro. Patrimônio Histórico da Humanidade é sede do maior conjunto barroco da arquitetura brasileira. E é justamente a soma de casarões e sobrados coloniais de três séculos atrás com as inúmeras igrejas e as ladeiras de paralelepípedo que a deixaram famosa universalmente.

Confira Ouro Preto em imagens em 360 graus e sinta-se lá!

Naturalmente, são as igrejas o maior atrativo da cidade. E todas elas – são mais de 20 – funcionam não apenas como celebrações ao turismo religioso, mas também como verdadeiras obras de arte ao céu aberto. Como exigem pagamento de entrada para contemplar o interior (em geral são baratas), é preciso preparar o bolso e selecionar as opções com cuidado.

As alternativas mais importantes de Ouro Preto são a Igreja de São Francisco de Assis, a Matriz de Nossa Senhora do Pilar, a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, as Igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e dos Brancos (são duas), a Igreja de Santa Efigênia e a Matriz de Nossa Senhora das Mercês.

Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto.
Foto: Ricardo Junior.

Igreja Nossa Senhora do Pilar – Ouro Preto.
Foto: Ricardo Junior.

Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, em Ouro Preto.
Foto: Ricardo Junior.

Igreja Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia, em Ouro Preto.
Foto: Ricardo Junior.

Igreja Santa Efigênia dos Pretos, em Ouro Preto.
Foto: Ricardo Junior.

Em todas existe uma imensa riqueza histórica, cultural e artística para deliciar qualquer visitante interessado no assunto. A Igreja de São Francisco de Assis, por exemplo, conta com um grande acervo feito por Aleijadinho. Já a Matriz de Nossa Senhora do Pilar conta com 400 quilos de ouro no interior e é considerada a mais rica de Minas Gerais. Mas, se tiver tempo e oportunidade, não deixe de conhecer outras além das citadas.

Os museus também são parte importantíssima da tradição e do passado da antiga Vila Rica. O Museu do Oratório é o único do mundo dedicado aos artigos religiosos e obras sacras. A Casa dos Contos já foi prédio público, sede de inconfidentes e prisão, e hoje conta com móveis de época e uma impressionante senzala própria em exposição. Já o Museu da Inconfidência, um dos mais visitados da cidade, apresenta documentos, mobília, peça de arte e muito mais para entender o importante conspiração que deu início ao processo de Independência do Brasil.

Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Ainda existem tantos outros: o Museu de Arte Sacra,com muitas obras históricas; o Museu de Ciência e Técnica da UFOPS, dedicado à extração do ouro na região; o Museu de Aleijadinho, com peças e história do artista. E alguns casarões para visitação ótimos para entender a vida na época, como a Casa de Tomás Antônio Gonzaga, a Casa dos Inconfidentes, a Casa da Ópera e a Casa Guignard.

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Já deu pra perceber que não falta história e cultura por lá, não é? Mas não é só isso. Ouro Preto ainda conta com algumas antigas minas de ouro abertas para visitação, perfeitas para imergir no passado. As mais famosas ficam no próprio centro histórico, como a Mina do Chico Rei, e cobram entrada por ficarem em propriedades privadas.

Entrada da Mina de Ouro do Chico Rei, em Ouro Preto.
Foto: Ricardo Junior.

Para quem gosta de aventura e natureza, ao redor de Ouro Preto está o Parque Estadual do Itacolomi. Com 75 km² de área, oferece trilhas, mirantes e até mesmo mais prédios históricos, como o Museu do Chá e a Casa do Bandeirista. E o Pico do Itacolomi possui 1700 metros de altura, proporcionando uma incrível vista dos arredores.

Parque Estadual do Itacolomi, com o pico de mesmo nome, ideal para quem ama curtir a natureza e fazer trilhas, em Ouro Preto, MG.
Foto: Ricardo Junior.

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Congonhas

Bem próxima de Ouro Preto, a menos de 60 km de estrada, fica a pequena Congonhas. Com apenas 50 mil habitantes, já foi distrito de Ouro Preto e possui intensa vocação religiosa. Seus maiores pontos turísticas são dedicados ao tema, tendo como principal a Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, uma verdadeira joia do barroco brasileiro (desde a segunda metade do século 18) e declarado Patrimônio Mundial pela Unesco.

Confira a Basílica de Congonhas em 360 graus!

Dividido em três partes, conta em seus muros com as incríveis esculturas dos Doze Profetas feitas em pedra-sabão por Aleijadinho, além de estações da via sacra na sua frente, nas Capelas dos Passos. Lá ficam exibidas 64 imagens retratando a Paixão de Cristo, e muitas delas atribuídas a Aleijadinho ou Mestre Athayde. São seis capelas de inspiração arquitetônica portuguesa e barroco rococó, e seu incrível valor histórico faz com que a observação turística seja feita apenas pelo lado de fora – através das janelas sempre abertas.

A linda Basílica do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, a joia do barroco brasileiro com obras de Aleijadinho, em Congonhas, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Dois dos profetas que estão na escadaria da Basílica de Bom Jesus dos Matosinhos, em Congonhas, MG.
Foto: Ricardo Junior.

A vista da frente da Basílica de Bom Jesus dos Matosinhos, com as casinhas e sete estações da Via Sacra, todas obras de Aleijadinho, em Congonhas, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Já o Museu de Congonhas é bem mais recente e conta o passo a passo da obra que levou à construção da Basílica. Com muitos detalhes, o acervo moderno é perfeito para explicitar a importância que o local possui para a cidade e para a história do Brasil colonial, de Minas Gerais e da pequena cidade.

Leia também: um Passeio pelos Patrimônios Históricos de Minas Gerais.

Tiradentes

Rumando mais ao sul, a 117 km de Congonhas está a famosa Tiradentes. Antiga São José Del Rei, teve seu nome alterado para o do herói da Inconfidência Mineira após a proclamação da República no Brasil. Embora não apresente o luxo de outras cidades da região do Ciclo do Ouro, ainda conserva um dos acervos barrocos mais bem preservados do país.

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As ruas de pedra, as igrejas, os sobrados e os lampiões que acendem de noite conferem um charme todo especial a Tiradentes. E que tal pegar uma das charretes disponíveis por lá para percorrer o Centro Histórico? Não faltam atrações para todos os gostos, mas é claro que os motivos religiosos ganham maior destaque.

Belo início de noite no centro histórico de Tiradentes, em MG.
Foto: Ricardo Junior.

A Matriz de Santo Antônio é a igreja mais importante de Tiradentes. E também a mais bonita: possui muitos detalhes talhados a ouro, arte rococó e fachada projetada por Aleijadinho. Reformada em 2002, passou a receber um espetáculo toda sexta, sábado e domingo para contar a história da construção – além de um concerto de órgão com o instrumento datado de 1788.

A belíssima Matriz de Santo Antônio, igreja mais importante de Tiradentes, em MG.
Foto: Ricardo Junior.

Já o Santuário da Santíssima Trindade era a igreja frequentada pelo então alferes Tiradentes antes da revolta frustrada pela Coroa. Nela é possível encontrar uma bela imagem representando o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Outras com destaque na cidade são a Igreja de Nossa Senhora das Mercês dos Pretos Crioulos, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e a singela Igreja de São Francisco de Paula.

Santuário da Santíssima Trindade, em Tiradentes, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Igreja de Nossa Senhora das Mercês dos Pretos Crioulos, em Tiradentes, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Igreja de São Francisco de Paula, em Tiradentes.
Foto: Ricardo Junior.

Ainda pelo centrinho, o Chafariz de São José é sempre uma grande atração e merece a visita. É considerado o mais bonito da região, possui três fontes e a imagem o santo esculpida em terracota. O Museu Padre Toledo, por sua vez, fica quase ao lado e está instalado onde morava o antigo líder da conspiração inconfidente e recebeu seu nome – e é onde foi realizada a primeira reunião do grupo.

Chafariz de São José, em Tiradentes, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Outro destaque de Tiradentes são seus estúdios e ateliês de artesãos locais, além do Museu da Liturgia – cheio de peças e obras católicas. A culinária da cidade também é famosíssima, abrigando o prestigiado Festival de Cultura e Gastronomia no mês de agosto. Para os amantes da natureza, a Serra de São José oferece mirantes com vista incrível para a cidade.

São João Del Rei

Fechando essa incrível viagem no tempo pelo interior de Minas, São João Del Rei é colada a Tiradentes, apenas 16 km distante – e é possível viajar de Maria Fumaça de uma até a outra. Hoje um dos principais destinos turísticos do estado, ainda guarda muita tradição da era do ouro na região, como os sinos das igrejas anunciando as missas e a hora do Ave Maria desde o século 18 até hoje.

Passeie por São João Del Rei em imagens em 360 graus!

A Igreja de São Francisco de Assis oferece uma famosa e disputada missa nas manhãs de domingo, com muitos turistas acordando mais cedo para conseguir um lugar. Tudo por conta da beleza da cerimônia, acompanhada de música barroca, e do jardim de palmeiras imperiais onde fica a construção. Dentro, o estilo do barroco rococó domina a decoração.

Igreja de São Francisco de Assis, o cartão-postal de São João Del Rei.
Foto: Ricardo Junior.

A Catedral de Nossa Senhora do Pilar, com seu altar em ouro, obras sacras e uma belíssima pintura no teto, e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo são outras atrações católicas reconhecidas na cidade.

Vista da fachada da Igreja Nossa Senhora do Pilar, em São João Del Rei, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Vista interna do altar e laterais da Igreja Nossa Senhora do Pilar, em São João Del Rei, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em São João Del Rei, MG.
Foto: Ricardo Junior.

Seus outros atrativos são os museus, como o Memorial Tancredo Neves, dedicado ao político nascido em São João Del Rei. O Museu Regional é uma das melhores amostras da vida no período de colônia, enquanto o Museu de Arte Sacra reúne mais de 200 peças dos séculos XVII, XVIII e XIX.

Entre os casarões e sobrados antigos, o Solar dos Neves, bem próximo à Igreja Nossa Senhora do Pilar, é a casa da família do ex-presidente e até hoje pertence a eles. E o Solar da Baronesa de Itaverava, um dos prédios mais impressionantes da cidade, foi transformado em centro cultural.

Comes e Bebes pelo Roteiro

Como em todo o interior mineiro, a culinária de alta qualidade predomina em todas as cidades do nosso roteiro. Então não deixe de experimentar os pratos locais e comida caseira seja onde for. Todas as cidades possuem ótimos restaurantes, desde os mais reconhecidos com chefs internacionais, aos mais simples com a comidinha caseira que todo bom mineiro sabe fazer!

Hotéis e Pousadas nas Cidades Históricas de Minas Gerais

A região também possui ótima infraestrutura turística e rede hoteleira ampla. Em todas as cidades que chegar haverá um centro de informações turísticas, que poderá indicar os melhores lugares e guias para fazer tours pelos centros e pontos importantes. Sempre passeie com guias credenciados. Segurança para você e para o turismo local!

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E aí? O que achou desse guia completo pelas Cidades Históricas de Minas Gerais? Deixamos alguma atração sensacional de fora? Conta aí nos comentários sua dica!

Por Guia Viagens Brasil Texto: Thaisy Sluszz Fotos:  Ricardo Junior 04 de dezembro de 2017


 

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